Blockchain e metaverso: O que você precisa saber.
Atualizado: 21 de jan. de 2022
Há exatos 52 anos (1969) foi enviado o primeiro e-mail da história através de uma conexão de internet, entre a Universidade da Califórnia e o Instituto de Pesquisa de Stanford. Mais tarde, na década de 90, o britânico Tim Berners-Lee criou o World Wide Web (www), fazendo com que a internet fosse possível em qualquer lugar do mundo. Ainda na década de 90, a partir desse feito, tivemos o que muitos conhecem hoje como o “boom da internet”. Diversos outros navegadores e sites foram criados, bem como empresas que surgiram em meio a revolução tecnológica da época, fazendo com que a internet se popularizasse cada vez mais a cada nascer do sol, até chegar no formato que conhecemos.
E para os amantes do mercado, essa década também ficou famosa pela formação de uma bolha especulativa em cima das empresas de tecnologia
recém-chegadas no mercado de capitais, que ficou conhecida popularmente
como “Bolha das PontoCom”.
Mas e se alguém falasse que a internet que você conhece hoje será, ou já pode ser considerada obsoleta? Para alguns, isso já é considerada uma realidade possível através do METAVERSO. A tecnologia tem ocupado cada vez mais a mesa redonda dos amantes da tecnologia após o FACEBOOK mudar o nome para META.
E ao contrário do que muitos podem estar pensando por aí, essa tecnologia não foi criada por Mark Zuckerberg e com certeza muita gente já teve experiências com ela, ou viu em algum lugar jogos que utilizam os óculos VRs (realidade virtual).
Diversos jogos utilizam essa tecnologia criando um ciberespaço onde os jogadores podem interagir diretamente com os personagens dos jogos. Porém, foi Mark Zuckerberg quem deu o pontapé inicial para expandir e tornar possível outros tipos de interação a partir dessa tecnologia. De reuniões de trabalho a shows, interagir com tudo isso como se estivesse lá, porém no conforto da sua casa. Parece impossível? Agora pense que lá em 1969 os envolvidos no envio do primeiro e-mail da história também acharam que não seria possível tal feito, e veja como tanta coisa mudou desde então. Até cirurgias à distância já foram possíveis através da telemedicina, uma delas a mais de 3 mil km de distância com a tecnologia 5G.
O Metaverso pretende unir diversas camadas da tecnologia como: Realidade aumentada, redes sociais, 5G, e-commerce, entre outras. Esse ciberespaço precisará de internet de ponta e uma Blockchain.
O que pouca gente sabe é que já é possível até mesmo investir nesse seguimento através de criptoativos e NFTs, e é sobre isso que nós, do Clube Capital, queremos tratar neste artigo.
Para um melhor entendimento desse universo, e até mesmo para entender
cada terminologia aqui citada, vamos te explicar o que é cada coisa:
METAVERSO
É a junção de uma variedade de tecnologias como (internet, realidade aumentada, inteligência artificial, blockchain e etc) que vai permitir o desenvolvimento de um espaço virtual (ciberespaço) onde será possível comprar itens, adquirir propriedades, ir a shows, reuniões e diversas outras ações que atualmente no imaginário popular só é possível fora do ambiente em questão.
BLOCKCHAIN
Sistema de dados que opera de forma distribuída alimentada por vários computadores. Todas as informações lançadas na rede blockchain são imutáveis e verificadas pelos computadores que fazem parte da mesma cadeia. Dentro do sistema financeiro a tecnologia blockchain vem simplificando cada vez mais a interação entre os investidores e oferecendo vantagens importantes como a descentralização, pois com essa tecnologia os investidores se tornam cada vez mais independentes do setor bancário, e isso abrange pessoas jurídicas e também pessoas físicas.
CRIPTOATIVOS
Ativos virtuais seguros por criptografia, a mesma que protege suas conversas do WhatsApp e registros digitais onde as operações são feitas e armazenadas por uma rede de computadores (blockchain) tornando possível as vantagens citadas no tópico anterior. A primeira criptomoeda (Bitcoin) surgiu após a crise do Subprime (2008) como um refúgio às moedas tradicionais.
NFT
Non-Fungible Token, ou Token não-fungível é um certificado digital que assegura a autenticidade de determinado arquivo, tornando ele algo único, o que traz vantagens comparativas diante de outros ativos digitais como a criptomoeda Bitcoin, ou qualquer outra espécie de token, pois ele não pode ser substituído justamente por ter características que o torna único e absolutamente escasso. Vale lembrar também que os NFTs existem desde 2012.
A seguir vamos mostrar como essas tecnologias se encaixam, tornando possível para você, investidor, pegar carona em um dos seguimentos que é considerado por muitos especialistas de mercado, uma oportunidade interessante de investimentos que vale a pena ser estudada antes de ser considerada. Lembrando que cada investimento deve ser analisado com cuidado respeitando o seu perfil de investidor.
Dentro do mercado de Criptoativos surgiu a classe de ativos denominada “Cripto games”, onde esses projetos usam a tecnologia de Criptomoedas para gerar um comércio dentro desses jogos onde o jogador ganha e perde dinheiro, e também, pode usar essas Criptomoedas para comprar itens dos jogos como, por exemplo, terrenos virtuais, e esses itens por sua vez, podem se valorizar. Resumidamente e hipoteticamente falando, os jogos voltados para o Metaverso vão tornar possível uma vida digital com uma economia própria. As Criptomoedas funcionarão como moeda de troca, enquanto os NFTs serão os itens únicos. Dentro desse universo existem duas formas de monetizar. A primeira é jogando, e a segunda é investindo diretamente nos Criptoativos, que representam esses jogos e são disponibilizados nas Exchanges (corretoras).
PRINCIPAIS PROJETOS EM VALORES DE MERCADO ATUALMENTE:
Axie Infinity (AXS): Foi desenvolvida para funcionar como unidade de conta para jogos de realidade virtual.
The Sandbox (SAND): É um token de utilidade que tem a função de unidade de conta, staking (forma de renda passiva através de criptomoedas) e também é um token de governança do jogo The Sandbox.
Gala Games (GALA): Representa uma rede para jogadores e desenvolvedores que junta game e NFT. Dessa forma a rede oferece aos desenvolvedores a possibilidade de criar games em blockchain, além de disponibilizar seus próprios jogos. A criptomoeda também é utilizada como unidade de conta dentro dos jogos.
Só para efeito de conhecimento, a AXS e a SAND, tem juntas uma capitalização de mercado aproximadamente de US$ 11 bilhões em um mercado de criptogames avaliado em mais de US$ 27 bilhões, o que fazem delas as maiores do seguimento.
EMPRESAS QUE ESTÃO INVESTINDO NO METAVERSO:
Maye Musk, mãe do Elon Musk, bilionário e dono da Tesla, está inserida no mundo das criptomoedas liderando um projeto baseado em NFTs e Metaverso, a Radio Caca (RACA).
Facebook já investiu US$ 50 milhões no METAVERSO. Mark Zuckerberg por sua vez investiu US$ 20 bilhões em óculos VR e pretende gastar mais US$ 10 bilhões no seguimento nos próximos 12 meses.
Microsoft vem fazendo estudos antes mesmo do facebook e trabalhando no projeto da Web 3.0. No início desse ano a empresa anunciou a Microsoft Mesh, uma versão própria de Metaverso. A ideia é fazer o uso de avatares em videoconferências do Teams, um software muito comum na comunicação corporativa, dessa forma a empresa pretende gerar novas experiências no home office, criando ferramentas que vão enriquecer ainda mais a interação nas reuniões de trabalho.
Adidas e Nike estão desenvolvendo vestuário para avatares animados.
ULTIMAS NOTÍCIAS:
A Sony apresentou um protótipo de óculos VR com qualidade de até 8K.
A Meta (Antigo Facebok) abriu uma plataforma de VR para que os usuários dos EUA e Canadá possam ter experiências com o mundo Metaverso, onde os mesmos podem criar mundos virtuais.
CONSIDERAÇÕES FINAIS:
Em meio a essas informações, muito provavelmente vocês devem estar se perguntando: será que os donos do dinheiro estão delirando, ou esses caras são realmente visionários? Bem, fato é que estamos vivenciando um momento histórico de transição na sociedade contemporânea em todos os aspectos possíveis, desde ciência a economia. Estamos entrando no que já é chamado pelos fóruns a fora de 4º Revolução Industrial, e levando em consideração a Lei da Duplicação do Conhecimento Humano, onde diz que: O conhecimento humano já pode ser duplicado a cada 12 horas através de inteligência artificial, não podemos descartar a ideia de que muito provavelmente estamos diante de uma oportunidade bastante interessante de investimento que promete revolucionar a interação humana na próxima década, e com isso novas oportunidades de investimentos estão surgindo.

A imagem acima fala exatamente sobre oportunidade. Ela representa a Lei da Difusão da Inovação, que é muito aplicada em estratégias de marketing. Essa Lei foi proposta por Everett Rogers em seu livro “Difusão de Inovações”, em 1962. Ela busca compreender como os produtos e serviços são recebidos, percebidos e se causarão o impacto necessário na vida das pessoas.
É importante para o investidor ter esse tipo de percepção ao investir em qualquer ativo ou ideia. A capacidade de perceber e surfar os hypes tecnológicos que essa década nos proporcionará, será de extrema importância para aqueles que tem interesse em multiplicar seu patrimônio, uma vez que as oportunidades e as tendências estão cada vez mais presentes no mundo virtual.
O Clube Capital aconselha que todos os investimentos sejam analisados de forma profunda respeitando o seu perfil de investidor, e não indica nenhum dos ativos aqui citados. Todos os ativos citados, tem objetivo didático não tendo qualquer conflito de interesse por parte dos membros do Clube Capital.